Agência atômica confirma enriquecimento de urânio no Irã

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmou nesta segunda-feira o Irã começou a enriquecer urânio a 20% na usina de Fordo, no centro do país. As atividades nucleares podem aumentar a tensão entre o país islâmico e o Ocidente.
Em comunicado, a agência afirmou que "todo o material nuclear na instalação permanece sob supervisão da agência".
Pouco antes, o representante iraniano na AIEA havia anunciado que as operações em Fordo haviam começado. A informação foi confirmada por um diplomata ocidental consultado pela agência de notícias France Presse.
9.fev.10 - Associated Press
Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, visita a usina de Natanz (Irã) em 2008; nova usina entra em operação
Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, visita a usina de Natanz (Irã) em 2008; nova usina entra em operação
TENSÃO
A confirmação da AIEA pode aumentar o atrito entre o Irã e o Ocidente em relação à questão nuclear do país. A república islâmica é acusada de usar o enriquecimento para a produção de armas atômicas, mas as autoridades negam.
Com a inauguração de Fordo, a estimativa é de que as conversas entre as partes possam ser bloqueadas. Há tentativas de negociação sobre o programa nuclear com membros do Conselho de Segurança da ONU, mas há um ano que o diálogo está paralisado.
Em dezembro, os iranianos anunciaram que desejavam voltar a discutir com o grupo 5+1, composto por Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Alemanha.
PROGRAMA
A instalação de Fordo é a segunda de enriquecimento de urânio no país. A outra é a usina de Natanz, inaugurada em 2006, onde cerca de 8.000 centrífugas já funcionam.
Porém, a nova planta é mais segura e protegida contra ataques aéreos. Sua construção era mantida em segredo até que agências de inteligência ocidentais identificaram a área em 2009.
As atividades do programa nuclear iraniano são o principal motivo da disputa com o Ocidente. A tecnologia pode ser usada para a geração de energia, mas também material para armas nucleares.
Os Estados Unidos e seus aliados desconfiam que o Irã use o combustível para fazer bombas atômicas, com o avanço tecnológico. Já a república islâmica afirma que a pesquisa visa o fornecimento de energia e o tratamento médico, e não pretende interromper o programa.
SANÇÕES
O último relatório da AIEA fez com que EUA, Canadá, Reino Unido e outros países da UE (União Europeia) aumentassem as sanções econômicas contra o Irã. O texto sugeria que o país tentava fazer armas nucleares.
Teerã disse que o relatório era baseado em informações falsas de órgãos de inteligência ocidental e defende que o programa é inteiramente pacífico.
Em dezembro, o Irã começou dez dias de exercícios no estreito de Hormuz. As ações militares são mais um capítulo do aumento da tensão entre o Ocidente e Irã vem aumentando, devido ao programa nuclear do país islâmico.
Postado pelo professor fernando

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