O bondinho de volta




Trabalho de recuperação da encosta é a prioridade

Paulo Afonso na Bahia é conhecida no meu turístico brasileiro como sendo uma das cidades de maior potência para acolhimento da pratica do esporte radical. Distante 459 km da capital Salvador, ela está dotada de uma boa infra-estrutura hoteleira para receber os visitantes que vão ate lá desfrutar das belezas naturais do local.

As maiores atrações são as cachoeiras formadas no leito do Rio São Francisco e que de tão belas foram imortalizadas nos versos de Castros Alves, “A cachoeira! Paulo Afonso! O abismo! A briga colossal dos elementos! As garras do Centauro em paroxismo. Raspando os flancos dos parceis sangrentos. Relutantes na dor do cataclismo. Os braços do gigante suarentos. Agüentando a ranger (espanto! assombro!). O rio inteiro, que lhe cai do ombro”. Para deleite de toda uma região. E é sobre a cachoeira, entre os estados da Bahia e Alagoas, que existe a travessia feita através de um “Bondinho”. O teleférico foi colocado pela empresa Chesf para servir de transportes dos funcionários que trabalham na subestação alagoana. Com o tempo, ele foi disponibilizado para que os turistas pudessem fazer a travessia. É um dos momentos mais festejados por quem o utiliza.

O local onde se encontra toda a estrutura que dá sustentação a base do Bondinho, fica na beira da cachoeira, em uma encosta. Com o tempo houve um desmoronamento, mais precisamente no ano de 2008, de grande quantidade de rochas onde fica a estrutura física do teleférico. Segundo Francisco Araujo, assessoro da Gerência Regional da Chesf, isto aconteceu devido a infiltrações nas rochas onde ele foi construído, “normalmente são fissuras, mas com o passar do tempo e ação do vento e principalmente da das águas ocorreu este deslocamento, havendo o desprendimento de material rochoso”.

Os turistas então ficaram sem poder utilizar o passeio no bondinho. Foram inclusive proibidos de ter acesso ao mirante onde está toda a estrutura, causando então reclamação por parte de algumas pessoas. O que essas pessoas não sabiam era que a interdição temporária se devia a precaução dos técnicos para que nenhum acidente pudesse acontecer no local.

Recuperação da estrutura.

Durante esse tempo em que o local está sem acesso dos visitantes a gerencia regional tentou contratar um geólogo para que ele fizesse uma avaliação das condições das rochas. Mas os entraves burocráticos que devem ser seguidos travaram a agilidade na ação. Teria que haver, para cada etapa, uma licitação especifica para contratação dos profissionais. E enquanto isso não acontecia, houve a impermeabilização da área e o esvaziamento do espelho de água existente no topo do mirante. E foi em 14 de setembro de 2009, que a Empresa de Geociências Ricardo Brandão entregou o relatório técnico para “instalação de tirantes do maciço rochoso remanescente que suporta as estruturas do teleférico de Paulo Afonso, na margem direita, após o deslocamento de blocos de rocha do talude ocorrido em abril de 2009, e avaliação da necessidade de reparo”.

Tentativas de contratação foram feitas para a execução dos serviços, mas a primeira licitação foi dada como “deserta” já que nenhuma empresa apareceu para concorrer ao serviço de manutenção. As que vieram antes ver como seria o serviço, o acharam muito complexo e não se sentiram capacitadas para executar o mesmo.

Na nova licitação a vencedora foi a Ampla Construtora Ltda, de Salvador/Ba que está fazendo o serviço de colocação de tirantes no valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil). E só após todo o serviço ficar pronto é que a Companhia Hidrelétrica do São Francisco vai novamente disponibilizar a população a visitação da área e passeios no Bondinho.

As visitações.

Novos equipamentos de última geração foram adquiridos pela empresa para que os funcionários que trabalham no local possam ter maior agilidade e conforto. Estes equipamentos já foram colocados e será construída uma sala climatizada, dando maior conforto e qualidade de vida ao trabalhador.

Os responsáveis pela manutenção do local pedem um pouco mais de paciência aos turistas e a população local, mas para eles a segurança deve ser a prioridade. Ninguém quer que aconteça um acidente no local, para só depois disso, reconhecer que a interdição era o melhor caminho.

A volta dos passeios no Bondinho logo estará acontecendo com segurança para todos.

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