Theodor Herzl
A primeira escola de Theodor Herzl foi uma escola primária judaica. Aos 10 anos foi enviado para uma escola real, mas saiu dessa escola por conta do anti-semitismo. Depois foi matriculado num colégio evangélico, onde não existiam problemas com o anti-semitismo.
Em 1878 sua família se mudou para Viena. Formou-se em Direito em 1884 e o seu trabalho inicial não tinha qualquer relação com a vida judaica, pois trabalhava como empregado não-assalariado nos tribunais de Viena e Salzburgo. Ele queria muito viver em Salzburgo, mas sua condição de judeu nunca permitiria fazer-se juiz.
Apesar de ser formado em Direito ele se dedicava mais ao jornalismo e à literatura. Ao invés de procurar um emprego fixo, começou a viajar e escrever para jornais.
Na sua juventude frequentou uma associação, chamada Burschenschaft, que aspirava à Unificação alemã, sob o lema: Honra, Liberdade, Pátria. Herzl era um judeu assimilado.
Em 1891 o jornal "Neue Freie Presse" ofereceu-lhe um cargo de correspondente em Paris. Ele aceitou o cargo, expressando, nesta época, suas idéias num pequeno livro. Nesse cargo ele fazia ocasionalmente viagens a Londres e Constantinopla. O seu trabalho era inicialmente do gênero da crítica literária, descritivo e não político. Mais tarde ele tornou-se o editor literário do Neue Freie Presse. Herzl tornou-se simultaneamente um escritor de peças destinadas aos palcos vienenses, tendo sido autor de comédias e dramas.
Em 1894 ele interferiu no Caso Dreyfus, que desvelou na Europa o latente anti-semitismo.
Em 1895 ele escreveu "O Estado Judeu". A principal idéia do livro era que a melhor maneira de formar um estado judeu era formar um congresso sionista formado apenas por judeus. Da idéia partiu para a prática e, pouco tempo depois, já havia formado o "Sionismo Político". No dia 29 de agosto de 1897 foi realizado o primeiro congresso sionista desde a diáspora, em Basiléia. Durante o congresso foi criada a Organização Sionista Mundial, e Herzl foi eleito presidente.
Resoluções do primeiro Congresso Sionista em Basileia
- Theodor Herzl o organizou e foi eleito presidente.
- Adoção de um hino nacional e uma bandeira.
- Compra de terras e formação de kibutz (que uma das principais ideias do sionismo socialista).
- Negociações diplomáticas, com o Império Turco-Otomano para a fixação de judeus alemães na Palestina não deu certo e mais tarde com a Grã Bretanha só seria possível após a primeira guerra mundial e mesmo assim mal interpretado ou de forma conspiratória, tendo em vista que o povo da Alemanha possuía dívidas de guerra com a Inglaterra.
[editar]Líder do Movimento Sionista
A partir de 1896, ano da tradução para o inglês do seu livro "Der Judenstaat" ("O estado judaico"), a sua carreira tomou uma nova direcção e ele adquiriu uma reputação diferente.
O livro que é considerado como o ponto de partida do movimento Sionismo. Pregava que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem se reunir e se estabelecer num Estado nacional independente.
Herzl impressionado pelo caso Dreyfus, cobriu seu julgamento para o jornal austro-húngaro e também foi testemunha das manifestações em Paris após o julgamento em que muitos cantaram pelas ruas "Morte aos Judeus"; isto convenceu-o da possibilidade das manifestações anti-judaica atravessasse as fronteiras e refletisse até a Polônia ou Alemanha países que reconheciam sua influência.