Não a esse Capitalismo selvagem!!
Polícia prende sete jornalistas na cobertura do "Ocupe Wall Street"
Ao menos sete jornalistas foram presos na terça-feira durante a cobertura da operação policial de expulsão de manifestantes do acampamento do "Occupy" no parque Zuccotti, sul de Manhattan, e dos acontecimentos que se seguiram, afirmou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, da sigla em inglês).
Entre os presos, estão jornalistas independentes e também vários funcionários de veículos muito conhecidos nos Estados Unidos, como o jornal "New York Daily News" e a agência Associated Press, que afirmaram ter apresentado crachás, de acordo com o CPJ.
Uma jornalista independente detida na terça-feira de madrugada explicou que foi presa por "impedir a circulação de pedestres" em um dos bloqueios colocados pela polícia nova-iorquina nos arredores do parque Zuccotti para impedir o acesso ao local no qual a expulsão ocorria.
"Durante minha prisão, não me deixaram usar o telefone, e meu chefe não soube nada de mim durante três horas. Tenho que me apresentar a um juiz em janeiro", explicou a jornalista, que não quis se identificar.
ARBITRARIEDADE
As prisões por razões pouco claras somam-se à política policial de dificultar o acesso à informação, já que muitos jornalistas que quiseram aproximar-se do parque Zuccotti durante a operação de expulsão não conseguiram.
Segundo o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a razão dessa medida foi "evitar que a situação piorasse e proteger os membros da imprensa".
Mas também foram registrados casos de tratamento violento, com empurrões ou ameaças verbais para evitar fotografias ou filmagens não desejadas, por exemplo a prisão de uma pessoa atingida que foi alvo de gás lacrimogêneo para ser algemada mais facilmente, segundo comprovou a agência France Presse.
"Sabemos que na medida em que o protesto cresce será difícil para a polícia distinguir as testemunhas dos manifestantes, mas agora está claro que muitos jornalistas foram presos de forma errônea e sem razão", disse John Ensslin, presidente da Sociedade de Jornalistas Profissionais americana (SPJ, da sigla em inglês), em comunicado.
BLOQUEIO PERTURBADOR
Diante da situação, o CPJ e a SPJ exigiram da prefeitura e da polícia de Nova York garantias para que os jornalistas possam desempenhar seu trabalho sem medo de serem presos ou atacados.
"É particularmente perturbador que autoridades busquem bloquear qualquer cobertura dos acontecimentos", disse o coordenador do CPJ para as Américas, Carlos Lauría.
A SPJ instou também o prefeito Bloomberg e as autoridades municipais de todos os Estados Unidos a não dar andamento aos processos abertos contra jornalistas presos enquanto cobriam o "Ocupe Wall Street".
Antes das prisões de terça-feira, ao menos sete jornalistas americanos foram presos, enquanto um membro de uma equipe de TV foi agredido pela polícia durante coberturas dos movimentos anticapitalistas em diversas cidades do país, segundo o CPJ.
Em outras duas circunstâncias, manifestantes atacaram jornalistas.
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Prisões, obstáculos para conseguir informações, tratamento às vezes violento: no país da liberdade de imprensa, a cobertura jornalística do movimento "Ocupe Wall Street" em Nova York não é tão simples como deveria. Entre os presos, estão jornalistas independentes e também vários funcionários de veículos muito conhecidos nos Estados Unidos, como o jornal "New York Daily News" e a agência Associated Press, que afirmaram ter apresentado crachás, de acordo com o CPJ.
Uma jornalista independente detida na terça-feira de madrugada explicou que foi presa por "impedir a circulação de pedestres" em um dos bloqueios colocados pela polícia nova-iorquina nos arredores do parque Zuccotti para impedir o acesso ao local no qual a expulsão ocorria.
"Durante minha prisão, não me deixaram usar o telefone, e meu chefe não soube nada de mim durante três horas. Tenho que me apresentar a um juiz em janeiro", explicou a jornalista, que não quis se identificar.
ARBITRARIEDADE
As prisões por razões pouco claras somam-se à política policial de dificultar o acesso à informação, já que muitos jornalistas que quiseram aproximar-se do parque Zuccotti durante a operação de expulsão não conseguiram.
Segundo o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a razão dessa medida foi "evitar que a situação piorasse e proteger os membros da imprensa".
Mas também foram registrados casos de tratamento violento, com empurrões ou ameaças verbais para evitar fotografias ou filmagens não desejadas, por exemplo a prisão de uma pessoa atingida que foi alvo de gás lacrimogêneo para ser algemada mais facilmente, segundo comprovou a agência France Presse.
"Sabemos que na medida em que o protesto cresce será difícil para a polícia distinguir as testemunhas dos manifestantes, mas agora está claro que muitos jornalistas foram presos de forma errônea e sem razão", disse John Ensslin, presidente da Sociedade de Jornalistas Profissionais americana (SPJ, da sigla em inglês), em comunicado.
BLOQUEIO PERTURBADOR
Diante da situação, o CPJ e a SPJ exigiram da prefeitura e da polícia de Nova York garantias para que os jornalistas possam desempenhar seu trabalho sem medo de serem presos ou atacados.
"É particularmente perturbador que autoridades busquem bloquear qualquer cobertura dos acontecimentos", disse o coordenador do CPJ para as Américas, Carlos Lauría.
A SPJ instou também o prefeito Bloomberg e as autoridades municipais de todos os Estados Unidos a não dar andamento aos processos abertos contra jornalistas presos enquanto cobriam o "Ocupe Wall Street".
Antes das prisões de terça-feira, ao menos sete jornalistas americanos foram presos, enquanto um membro de uma equipe de TV foi agredido pela polícia durante coberturas dos movimentos anticapitalistas em diversas cidades do país, segundo o CPJ.
Em outras duas circunstâncias, manifestantes atacaram jornalistas.