Simpósio baiano de Filosofia
Clínicos promovem encontro
Toni Vasconcelos
Trazer o conhecimento filosófico para o cotidiano das pessoas, com o objetivo de ajudar a equacionar problemas como crises existenciais, solidão, depressão, conflitos no casamento e nas relações afetivas ou profissionais, aborto, tentativa de suicídio e tantos outros. Essas seriam algumas das funções de um novo profissional que começa a marcar presença no mercado baiano: o filósofo clínico. "A filosofia clínica é um novo instrumental para compreender o mundo e poder interagir com ele de maneira mais positiva e salutar. Aplicamos as doutrinas de grandes filósofos, como Sartre, Platão, Sócrates e Nietzsche, ao dia-a-dia das pessoas", explica Valério Hillesheim, presidente da Associação Baiana de Filosofia Clínica (Abafic) e um dos raros especialistas no estado.
Para colaborar com a difusão e consolidação da nova opção profissional em terras baianas, a Abafic promoveu, agora em maio, o IV Encontro Nacional de Filosofia Clínica, em Salvador. Cerca de 300 estudantes, professores, pesquisadores e profissionais interessados na área participaram do evento, segundo cálculos de Valério. Para ele, a Bahia oferece um amplo campo potencial para o exercício da profissão. "A filosofia clínica permite compreender a fundo o modo de ser do povo daqui. O baiano é, em geral, alegre, vivo, artista. Sabe rir dos problemas, ou seja, descobre uma forma própria de resolvê-los. Tem a criatividade necessária para viver na sociedade pós-industrial. A existência do baiano é bastante plástica, permitindo ao filósofo clínico muitas maneiras de fazer inserções e propor soluções para seus problemas", acredita.
O filósofo clínico pode atender a clientes em hospitais, escolas, empresas, consultórios e diversas outras instituições. Como outros profissionais terapêuticos, o atendimento acontece por sessões. "As sessões se prolongam, em média, de seis meses a um ano, a depender do problema da pessoa. Primeiro, fazemos um profundo levantamento do histórico de vida do cliente. Só depois, iniciamos o acompanhamento minucioso do problema, buscando a sua resolução definitiva", conta o presidente, que também ensina na Uneb e na Ucsal.
Valério deixa claro que a filosofia clínica não tem nada a ver com psicanálise, neurolingüística (PNL) ou qualquer terapia de auto-ajuda. "Nosso enfoque e metodologia são completamente diferentes e se baseiam no conhecimento filosófico. Não queremos invadir o campo de trabalho de ninguém", assegura. Para atuar na área, o profissional precisa ser graduado em filosofia e realizar um curso de especialização em filosofia clínica, promovido na Bahia pela Abafic (Rua Boa Vista, 10, em Brotas; e-mail valehill@terra.com.br).
Toni Vasconcelos
Trazer o conhecimento filosófico para o cotidiano das pessoas, com o objetivo de ajudar a equacionar problemas como crises existenciais, solidão, depressão, conflitos no casamento e nas relações afetivas ou profissionais, aborto, tentativa de suicídio e tantos outros. Essas seriam algumas das funções de um novo profissional que começa a marcar presença no mercado baiano: o filósofo clínico. "A filosofia clínica é um novo instrumental para compreender o mundo e poder interagir com ele de maneira mais positiva e salutar. Aplicamos as doutrinas de grandes filósofos, como Sartre, Platão, Sócrates e Nietzsche, ao dia-a-dia das pessoas", explica Valério Hillesheim, presidente da Associação Baiana de Filosofia Clínica (Abafic) e um dos raros especialistas no estado.
Para colaborar com a difusão e consolidação da nova opção profissional em terras baianas, a Abafic promoveu, agora em maio, o IV Encontro Nacional de Filosofia Clínica, em Salvador. Cerca de 300 estudantes, professores, pesquisadores e profissionais interessados na área participaram do evento, segundo cálculos de Valério. Para ele, a Bahia oferece um amplo campo potencial para o exercício da profissão. "A filosofia clínica permite compreender a fundo o modo de ser do povo daqui. O baiano é, em geral, alegre, vivo, artista. Sabe rir dos problemas, ou seja, descobre uma forma própria de resolvê-los. Tem a criatividade necessária para viver na sociedade pós-industrial. A existência do baiano é bastante plástica, permitindo ao filósofo clínico muitas maneiras de fazer inserções e propor soluções para seus problemas", acredita.
O filósofo clínico pode atender a clientes em hospitais, escolas, empresas, consultórios e diversas outras instituições. Como outros profissionais terapêuticos, o atendimento acontece por sessões. "As sessões se prolongam, em média, de seis meses a um ano, a depender do problema da pessoa. Primeiro, fazemos um profundo levantamento do histórico de vida do cliente. Só depois, iniciamos o acompanhamento minucioso do problema, buscando a sua resolução definitiva", conta o presidente, que também ensina na Uneb e na Ucsal.
Valério deixa claro que a filosofia clínica não tem nada a ver com psicanálise, neurolingüística (PNL) ou qualquer terapia de auto-ajuda. "Nosso enfoque e metodologia são completamente diferentes e se baseiam no conhecimento filosófico. Não queremos invadir o campo de trabalho de ninguém", assegura. Para atuar na área, o profissional precisa ser graduado em filosofia e realizar um curso de especialização em filosofia clínica, promovido na Bahia pela Abafic (Rua Boa Vista, 10, em Brotas; e-mail valehill@terra.com.br).
Comentários
Postar um comentário